O Tromboembolismo Venoso (TEV) é uma doença com comprovado componente hereditário. São várias as mutações envolvidas na gênese da doença, por isso a expressão “doença poligênica”.
Estão entre essas mutações o fator V de Leiden, mutação no gene da protrombina e no gene dos anticoagulantes naturais (proteina S, proteína C e antitrombina). Essas anormalidades vão levar defeitos no funcionamento das vias da coagulação e ocasionar estados de hipercoagulabilidade, ou seja, com maior predisposição a formação de coágulos sanguíneos.
É importante considerar que a doença é multifatorial. A presença dessas mutações, não necessariamente significa que a pessoa vai ter trombose. Existem os fatores de ordem adquirida, ou seja, aqueles que o indivíduo se expõe ao longo da sua vida, que também são importantes em deflagrar a doença.
São exemplos desses fatores de risco adquiridos, ditos “pró-trombóticos”: a pílula contraceptiva, reposição hormonal na menopausa, grande trauma, pós operatório e até mesmo doenças mais graves como câncer.
É a interação entre os fatores genéticos e adquiridos que vão definir o potencial trombogênico de cada pessoa.
Mas… qual a importância prática dessa informação para a área de saúde? É simples: indivíduos com familiares de primeiro grau com diagnóstico de TEV apresentam maior chance em apresentar o problema. Portanto, esse grupo de pessoas deve estar ciente quanto ao risco hereditário e ser orientado sobre os fatores de exposição pro-trombóticos e suas devidas precauções.
E você sabe qual sua situação, com relação a risco trombótico?
Pense nisso. Prevenção salva vidas!